Primeiro-ministro espanhol acusa juízes de "fazer política" em casos de corrupção

"Que há juízes que fazem política e políticos que tentam fazer justiça, não há dúvida", disse ele durante entrevista à emissora pública de televisão TVE, quando questionado sobre os casos.

"Felizmente é uma minoria, mas existe e causa um dano terrível, um prejuízo imenso à justiça e ao judiciário."

O líder socialista, no poder desde 2018, disse que os processos contra seus parentes eram infundados e motivados por reclamações de grupos de extrema direita.

"Nunca pensei que isso pudesse acontecer com uma pessoa com responsabilidades políticas, principalmente quando se trata de falsas acusações, recortes de jornais de organizações de extrema direita que os apresentam em alguns tribunais para abrir um caso", disse ele.

A esposa de Sánchez, Begoña Gómez, está sob investigação desde abril do ano passado por suposta corrupção e tráfico de influência relacionados ao seu antigo trabalho acadêmico na Universidade Complutense de Madri.

Seu irmão mais novo, David Sánchez, está sob investigação por suposto peculato, tráfico de influência e fraude fiscal.

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O antigo braço direito do primeiro-ministro, Santos Cerdán, foi detido em junho em uma investigação sobre propinas em contratos públicos.

O ex-ministro dos Transportes José Luis Ábalos e o seu conselheiro Koldo García também estão sob investigação no mesmo caso.

"Eu não tinha nenhuma informação objetiva indicando que eles poderiam cometer supostos atos de corrupção", disse Sanchez quando questionado sobre o caso, rejeitando as alegações de "corrupção sistêmica" dentro de seu Partido Socialista.

Os casos de corrupção fizeram com que a minoria de Sánchez perdesse apoio nas pesquisas de opinião e provocaram pedidos da oposição por sua renúncia.

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